ENG

1 – Trip Song
2 – Na Pressão
3 – Blind Man Blind Man
4 – O Caminho do Bem
5 – So What? / Nem Vem Que Não Tem
6 – Senor Blues
7 – Acid Groove
8 – B3 Solo
9 – Blue Monk
10 – Tributo a Oscar Peterson
11 – Soul 61

Jazz-funk de gente grande marca novo disco do pianista
Se a palavra “tecladista” faz você lembrar de Luiz Schiavon com um sintetizador vermelho no pescoço ou do cãozinho dos teclados mandando brasa no forró, esqueça, com Ari Borger o buraco é mais embaixo: Piano Steinway, órgão Hammond B3, Fender Rhodes e clavinete são os intrumentos que fazem parte da cartilha desse pianist que consolidou sua carreira acompanhando – e gravando com – os mais importantes artistas de blues do Brasil. Apesar dessde histórico – Ari chegou a graver seu próprio disco de blues em 2001, época que morou em New Orleans – AB4 navega pelos suingantes caminhos do jazz-funk. No melhor estilo Jimmy McGriff, Lonnie Smith e companhia, Ari arrasa seu Hammond nos funks “Na Pressão”, “Acid Groove”, “Soul 61” e “No Caminho do Bem”, aquela mesmo do Tim Racional. Em “Señor Blues”, “Blue Monk” e “Tributo a Oscar Peterson”, impossível não ficar impressionado com sua técnica ao piano, impossível também não lembrar de Ramsey Lewis na belíssima “Trip Song”. O bom gusto na escolha de instrumentos, timbres e sonoridade vintage, imprescindível ao estilo, é a cereja do bolo.

Rodrigo Piza (Revista Rolling Stone)

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